Os astronautas do ônibus espacial Discovery iniciaram neste sábado (20) a tradicional contagem regressiva de três dias, que terminará na terça-feira com o lançamento da nave rumo à Estação Espacial Internacional (ISS).
"Todos os nossos sistemas estão em bom estado. Não há nada a comentar", disse o responsável do lançamento, Charlie Blackwell-Thompson.
Discovery: lançamento está previsto para terça-feira (Foto: Divulgação)
Os sete membros da tripulação partirão na terça-feira, às 13h38 (horário de Brasília), do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, e seu retorno está previsto para 6 de novembro, às 7h47.
A Nasa deu, na quarta-feira, o sinal verde à missão, após determinar que os problemas detectados na cobertura de carbono dos painéis, nas bordas anteriores das asas do Discovery, não prejudicariam a segurança.
O único impedimento que pode adiar a decolagem é a meteorologia, já que os especialistas calculam que há 40% de probabilidade de que chova ou de que o céu esteja nublado.
O Discovery partirá com alimentos e equipamentos para a ISS, além do módulo Harmony II, que será agregado à estrutura da estação internacional durante cinco caminhadas ou atividades extraveiculares.
Quatro das cinco caminhadas espaciais serão realizadas por tripulantes do Discovery e, a quinta, pelos ocupantes da ISS.
Em uma curiosa coincidência, pela primeira vez na história duas mulheres estarão no comando da nave e da Estação Espacial Internacional. O Discovery será comandado pela coronel Pamela Melroy, que será recebida na ISS pela responsável da estação, a bioquímica Peggy Whitson.
Além de Melroy, a tripulação do Discovery inclui o italiano Paolo Ángelo Néspoli, astronauta da Agência Espacial Européia; a especialista Stéphanie Wilson e os astronautas George Zamka, Scott Parazynski, Douglas Wheelock e Daniel Tani.
Tani se incorporará à tripulação da estação internacional, em substituição do astronauta da Nasa Clay Anderson, que voltará à Terra a bordo do Discovery.
As missões com ônibus espaciais, suspensas após o acidente com o Colúmbia, em fevereiro de 2003, e reatadas em julho de 2005, acrescentaram várias vigas de extensão na ISS, que orbita a cerca de 380 quilômetros da Terra.
O módulo italiano Harmony II, que será instalado na ISS, aumentará o espaço interior do laboratório orbital e fornecerá pontos de conexão com os módulos europeu e japonês. Ele é similar ao módulo hexagonal Unity, que conecta as seções americana e russa na ISS.
Fonte: G1 - Portal de Notícias da Globo