Após uma série de percalços, que começaram com cortes de orçamento nos anos 90 e terminaram com um astronauta ficando doente no último sábado, o módulo espacial europeu Columbus foi finalmente inaugurado na Estação Espacial Internacional (ISS) nesta terça-feira (12). A honra de ser o primeiro a entrar ficou com o astronauta francês Leopold Eyharts, que abriu a escotilha às 12h08 (horário de Brasília) para conferir em primeira mão o que mais de 20 anos de trabalho e US$ 2 bilhões conseguiram produzir.
Com o módulo europeu, a estação espacial, que até agora só tinha laboratórios americanos e russos, se torna finalmente digna do nome "internacional". Até o final do ano, o módulo japonês Kibo deve integrar o complexo.
Até a entrada de Eyharts no laboratório, no entanto, o Columbus enfrentou uma série de obstáculos. Seu projeto original acabou reduzido após de cortes de custos da Agência Espacial Européia (ESA). Sua ida à ISS também foi prejudicada pelo acidente com o ônibus espacial Columbia, que explodiu em 2003, e fez a Nasa parar os vôos espaciais até 2005.
Astronauta francês entra pela primeira vez no ainda escuro laboratório Columbus (Foto: Nasa/Reuters)
Imagem externa mostra o laboratório europeu no canto inferior direito, perpendicular ao módulo americano Harmony (Foto: Nasa/Reuters)
Quando finalmente estava pronto para ir ao espaço, no entanto, o Columbus teve que esperar ainda mais um pouco depois que problemas em um sensor de combustível atrasaram a decolagem da nave Atlantis, prevista para o início de dezembro de 2007, em quase dois meses. Por fim, a caminhada espacial que instalaria o módulo foi adiada de sábado passado para domingo, depois que o astronauta alemão Hans Schlegel ficou doente.
O Columbus será usado para pesquisas médicas, biotecnológicas e de microgravidade. Ele tem espaço para três astronautas trabalharem.
Fonte:
G1 > Ciência e Saúde