Os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional preparam na quinta-feira (20)uma nova saída ao espaço, destinada a testar uma técnica de reparo da proteção térmica do ônibus Endeavour e a substituir um disjuntor queimado.
Será a quarta de cinco saídas programadas para os 12 dias de missão do Endeavour. "Será um dia muito ambicioso. É um dia que estamos esperando há algum tempo", disse o diretor de vôo do ônibus, Mike Moses, na noite de quarta-feira no Centro Espacial Johnson (EUA).
O teste do conserto no escudo térmico estava previsto para uma missão anterior, mas foi adiado devido a tarefas mais urgentes.
Os astronautas Robert Behnken e Mike Foreman vão dormir "acampados" na câmara de ar Quest, que faz parte da estação, para eliminar o nitrogênio de seus corpos antes da saída ao espaço, marcada para começar às 19h28 de quinta-feira (hora de Brasília).
O conserto será feito em placas do escudo antitérmico que foram propositalmente danificadas.
Esse reparo pode ser útil durante a futura missão para a manutenção do telescópio espacial Hubble. Em caso de defeito durante a viagem, a tripulação terá de consertar o ônibus espacial para voltar à Terra, uma vez que a nave estará longe demais da Estação Especial para que seja possível buscar abrigo ali.
A Nasa desenvolveu métodos de inspeção e reparo depois do acidente de 2003 com o ônibus Columbia, provocado por um dano no escudo antitérmico durante a decolagem.
O teste de quinta-feira envolverá um instrumento sofisticado para realizar a calafetação das placas antitérmicas, ou seja, preencher eventuais fissuras com um material adesivo.
As peças consertadas com essa técnica serão trazidas de volta à Terra para que se avalie sua funcionalidade. O procedimento já foi bastante testado no vácuo e com gravidade zero, mas nunca no espaço.
A quarta-feira foi praticamente de folga para os astronautas, depois de vários dias exaustivos. A tripulação já montou um robô externo canadense e entregou um depósito que será futuramente anexado ao laboratório espacial japonês Kibo.
Fonte:
G1> Ciência e Saúde