Titânia é o 14º e o maior dos satélites conhecidos de Urano. Descoberto por Herschel a 11 de Janeiro de 1787.
Titânia é a Rainha das Fadas e a mulher de Oberon na obra de Shakespeare "Sonho De Uma Noite de Verão".
O nome "Titânia" e o nome de todos os 4 satélites de Urano conhecidos na altura foram sugeridos por John Herschel em 1852 a pedido de William Lassell, que tinha descoberto Ariel e Umbriel um ano antes. Lassell tinha apoiado o esquema de nomeação para as 7 luas conhecidas de Saturno por Herschel em 1847 e tinha dado o nome do recém-descoberto oitavo satélite Hiperion de acordo com o esquema de nomeação de Herschel em 1848.
Titânia e Ariel são bastante parecidos, embora Ariel seja 25% mais pequeno. Todas as grandes luas de Urano são uma mistura de aproximadamente 40-50% de água gelada, o resto sendo rocha, uma fracção rochosa maior que nas grandes luas de Saturno, tal como Rea.
Figura 1 - O maior satélite de Urano, Titânia.
Crédito: Calvin J. Hamilton, Projecto Voyager 2, NASA/JPL
A superfície de Titânia é uma mistura de terreno craterado e sistemas interligados de vales com centenas de quilómetros de comprimento. Algumas das crateras parecem estar meio submergidas. A superfície de Titânia é relativamente jovem (embora mais antiga que outras tal como Encelado); obviamente esteve em funcionamento um processo de transferência para a superfície material do interior. Uma das características mais proeminentes da sua superfície é um grande "canyon" muito maior que o Grand Canyon da Terra. É da mesma classe que Valles Marineris em Marte ou Ithaca Chasma na lua de saturno Tétis.
Uma teoria da história de Titânia é que já foi quente o suficiente para ser líquido. A superfície provavelmente arrefeceu primeiro; quando o interior congelou, aumentou de tamanho, forçando a superfície a criar fendas e resultando nos vales que vemos hoje
Galeria de FotosFigura 2 - O astrónomo britânico Sir William Herschel descobriu Titânia e Oberon em Janeiro de 1787. Não estava com certeza a ler a obra de Shakespeare "Sonho De Uma Noite de Verão", estava a fazer as primeiras observações telescópicas de luas de Urano (um planeta que ele próprio descobriu em 1781). Em Janeiro de 1986, quase 200 anos depois, a sonda da NASA Voyager 2 torna-se a única sonda a visitar o remoto sistema uraniano. A imagem do lado é uma composição de duas imagens registadas a 369,000 quilómetros. O gelado e rochoso mundo está coberto de crateras. Um sistema proeminente de falhas, algumas com mais de 1600 quilómetros, é visível como características parecidas com trincheiras perto do terminador (linha de sombra). Depósitos de material altamente reflectivo que podem representar gelo são observados nos muros dos vales. A grande crateras de impacto perto do topo, conhecida como Gertrude, mede cerca de 290 quilómetros. Por baixo a grande falha, Belmont Chasma, corta em duas a cratera Ursula.
Crédito: Projecto Voyager 2, NASA/JPL
Figura 3 - Vista ortográfica de Titânia.
Crédito: A. Tayfun Oner, Projecto Voyager 2, NASA/JPL
Fonte:
Astronomia On-line